Arraial do Pachequinho

A Festa Junina é uma excelente oportunidade de engajar diversas atividades interdisciplinares e ampliar o universo linguístico, pois se constitui uma temática rica onde podem ser explorados diversos tipos de linguagens, resgate de brincadeiras, culinária típica e outros! 

Tivemos como objetivos  : valorizar e demonstrar atitudes de respeito ao trabalho e ao homem do campo e  resgatar a cultura popular brasileira 

Desenvolver o interesse e gosto pela tradição foi o objetivo principal do prof Fernando de Artes Cênicas. Neste clima as turmas 1402 e 1502 nos presentearam com momentos muito ricos.

Para entendermos  melhor transcrevo a fala do Prof Fernando.

" Ambos trabalhos têm como base uma abordagem que se chama Música Orgânica, desenvolvida pelo músico pernambucano Ricardo Oliveira.

Sobre as atividades:

 - Constatei uma forte inclinação e facilidade de improviso com verso em alguns alunos da 1402, inicialmente estimulada pelo RAP norte-americano que influencia o funk carioca e o hip hop paulista, estilos que estão mais na mídia. Introduzi então a versão brasileira do improviso mais tradicional, o coco de embolada, normalmente conhecida como repente, mas sendo apenas um dos estilos do que genericamente assim se denomina no nordeste.

Escolhi um coco de embolada tradicional do estado de Pernambuco denominado "a mulher de mané amaro" por conter desafiantes trava-línguas.

A música é de autoria de Déo do baião, já falecido, popularizado aqui no Rio pelo grupo pernambucano "Cascabulho".

A aceitação por parte da turma foi muito animadora, o que me motivou a levá-los a apresentação. Houve alguns contra-tempos de última hora, já que escolhi alguns solistas que no final das contas não apareceram na festa. Sorte que outros estavam atentos e desejosos em participar, como foi o caso de Natália e Samuel, que substituíram os ausentes com muita coragem e competência.

Apesar de nervosos e dada a complexidade da música, minha avaliação foi de que se saíram muito bem. Não é fácil subir num palco, empunhar um microfone e soltar a voz.

Tenho certeza que a experiência vai estreitar laços de confiança desses alunos comigo, melhorando a relação e o rendimento.

- Sobre a ciranda, outro ritmo pernambucano que venho trabalhando desde o início do ano em todas as turmas. Comecei com a famosa (e maldita por alguns...rs) ciranda Bobateté, de autoria de Ricardo Oliveira, meu mestre. Essa ciranda trabalha inicialmente com sílabas que explicitam a base rítmica da percussão. Colando como chiclete, da mesma forma que outras músicas como "eu quero tchu", a ciranda Bobateté, desenvolve o ritmo introjetando no corpo a célula rítmica, o que permite até num segundo momento que as crianças estejam aptas para tocá-lo em um instrumento de percussão. (ainda não o fizemos).

Permite tb toda uma sorte de jogos de interação e domínio de formas de arranjo musical tradicional, baseado em divisões como homens/mulheres, pergunta/resposta, etc.

Esses jogos só vão aumentando o domínio de execução por parte das crianças, que a essa altura são introduzidas à melodia.

Somente depois aprendem uma letra com significado em nosso idioma.

O caminho então percorrido explicita matrizes físicas (pulsação, ritmo), arquetípicas (célula rítmica, arranjo de vozes, caminhar o tempo) e culturais (língua, regionalismo), nessa ordem.

 A adesão foi instantânea por todas as turmas. Fiquei muito admirado como sabiam a letra inteira de cor. A coreografia, simples e contagiante foi ensinada apenas para os do quinto ano, na semana que antecedeu a festa. Por isso os coloquei no meio, servindo de guia.

Apesar de simples, a segunda parte onde soltam as mãos e dançam com os parceiros vizinhos, já requer um pouco mais de coordenação. 

Nesse sentido a participação de alguns membros do Coral Orgânico d'AMMOR foi fundamental...."

Apresento agora as turmas dançando , momentos de muita emoção

EI 21 Prof Haida

EI Prof Cristina

EI 10 Prof Adriana

T: 1101 Prof Edna

                                                     T: 1102  Prof Ana Cristina

                                  T: 1201 Prof Claudia

                                                     T: 1102 Prof Viviane

                                                      T: 1301 Prof Terezinha

                                                     T: 1302  Prof Rosana

                                                          T: 1303  Prof Soraia

                                          T: 1401e 1501 Prof Anna Paola e Vanessa

                                               T: 1402  Prof Jacqueline

                                                      T: 1502  Prof Angela

Tivemos muitas barraquinhas

Aqui vai o nosso agradecimento aos responsáveis que doaram prendas, doces e salgados  

Momento divertido

Casamento da t: 1501

Nosso rei, rainha e princesa

Hora de agradecer

Obrigado por ter enriquecido este dia de união com a felicidade da sua presença

Ao presidente do  Piedade Tênis Clube que nos cedeu o espaço

Aos responsáveis

Aos professores e funcionários

Aos membros do Coral Orgânico d'AMMOR

Daniel Caixão (pandeiro e banjo)

Angelo Prestes (zabumba) 

Luzia Mendonça (triângulo e sanfona)

Jane Pessôa (Caxixi, vocais e dança)

Diana Cordeiro (esposa do prof Fernando- vocais e dança)

Clara Neder (filha do prof Fernando - vocal no microfone)

Mesmo que a palavra "obrigado" signifique tanto, não expressará por inteiro o quanto seu gesto atencioso  foi importante para toda comunidade Félix Pacheco"

Um abraço

Lais Coutinho